A bromélia imponente que se chama imperial
Uma das maiores bromélias é a bromélia-imperial (Alcantarea imperialis), que pode atingir até 1,50 m de altura. É uma herbácea acaule de grandes folhas largas, rígidas, coriáceas e parecendo enceradas, em formação de roseta. Pela disposição das folhas o centro é um vaso, onde pode se acumular água de chuvas e regas e com detritos diversos. Como planta rupícola, pode ser encontrada sobre rochas e pedras, pois suas raízes são fortes para fixação em locais inóspitos e quase sem solo.
Tem longo período de desenvolvimento, podendo levar até mais de dez anos para a idade adulta, quando então emite um pendão floral que pode chegar a quase 3,0 metros de altura. As flores são claras, quase brancas rodeadas de brácteas avermelhadas, atraindo pássaros e insetos polinizadores.
Após a floração a planta começa a emitir filhotes ao redor da base para em seguida fenecer. A retirada destes filhotes garante a propagação vegetativa da muda. A propagação por sementes também é possível após o final do florescimento. A semeadura poderá ser feita em areia de construção mantida úmida e em ambiente protegido. Transplantar para vasinhos quando seu crescimento estiver com cerca de 10 cm.
O substrato de cultivo, seja em canteiros ou vasos, é de composto orgânico, areia de construção, húmus de minhoca e fibra de coco particulada ou casca de arroz carbonizada, na mesma quantidade. É importante que o substrato tenha baixa densidade, isto é, seja leve, poroso e que não acumule água. Caso consiga medir o pH, o ideal é de 7,1.
Muitas pessoas temem que a água acumulado no tanque do centro da roseta possa propiciar o aparecimento de larvas de mosquito. No entanto, o ambiente desta água é hostil ao inseto e é frequente ali se alojar pequenas rãs e sapinhos, bem como libélulas, que são predadores de insetos.
Em paisagismo, a bromélia imperial deverá ser colocada em algum recanto como foco de atenção, seja pela forma como pelo seu tamanho. Plantas mais baixas rasteiras ou coleções de pequenas bromélias também podem completar o conjunto.
Miriam Stumpf Notas de Jardinagem 